Felicitações

    - Que música linda!
    - Pensei que gostasse de rock...
    - Mas eu gosto... É que o amor muda as pessoas, entende?
    - Quem é você e o que fez com Sophie?
    - Haha.
E eles passaram a noite assim, rindo... Até que Johnny olhou para o relógio.
    - Sophie! Vamos para casa, está tarde!
    - É sábado, bobo.
    - Ah sim, claro. Mas amanhã vamos ter que aco...
    - Amanhã é domingo.
    - Esqueci que você está aqui e como você odeia ser ignorada. Desculpa. Você quer ir para casa?
    - Não. Quero ficar aqui com você.
A última frase escapou da boca de Sophie. "Era só para ficar no pensamento, idiota."
[...]
    - Johnny, me leva para casa.
    - Achei que quisesse ficar aqui comigo.
    - Lembra-se de que você disse que me levaria para casa quando eu quisesse?!
    - Claro. Vamos?
    - Sim.
    - Só me deixa pagar a conta.
    - Tudo?
    - Tudo.
    - Eu vou pagar a metade, Johnny.
    - Mas fui eu que te convidei. Eu pago.
    - Eu faço questão.
[...]
    - Sã e salva, senhorita.
    - Obrigada Johnny. Até segunda-feira.
    - Até.
Trocou a roupa e foi dormir. Sua cabeça doía, mas ainda assim estava feliz. Muito feliz.
    - Sophie! Sophie! Abre essa porta!
    - LAILA!
Laila Mason Harvey, melhor amiga de Sophie. Laila morava em Endless desde a infância, e soube há pouco tempo que a amiga tinha se mudado para lá.
    - Sophie! Parece que não te vejo há séculos... Você está, diferente.
    - Entra, Laila. Ou prefere ficar aí fora?
Elas passaram a manhã jogando conversa fora. Falaram sobre família, amigos, namorados, trabalho, cidade... E então a conversa foi interrompida pelo telefone de Sophie, que não parava de tocar.
    - Mãe? Advinha quem está aqui!
    - Ah, a Laila.
    - Você sabia que ela vinha e não me contou nada?
    - Ela tinha telefonado. Calma, Sophie!
[...]
Horas se passaram, e Sophie não conseguia dormir. Estava de pé, na janela, pensando na vida. Lembrou-se do jantar da noite anterior, e automaticamente sorriu ao escutar a voz de Johnny em seus pensamentos. Escutou "Sophie, Sophie" e parou de imaginar. Era real.
    - COMO VOCÊ CONSEGUIU ENTRAR AQUI?!
    - Você é mesmo descuidada. Deixou a porta aberta.
    - Não fui eu.
    - Então quem foi?
    - A Laila.
    - Quem é essa?
    - Minha amiga. O que foi, ficou com ciúmes?
    - Claro que não.
    - Ok. Você não vai contar mesmo. O que veio fazer aqui?
    - Te entregar isso.
Era um buquê de rosas vermelhas. Sophie sorriu e olhou para Johnny, depois para as flores, e vice-versa.
    - O que foi?
    - Estou surpresa. Não pensei que fosse tão romântico.
    - Romântico? Só comprei essas flores porque sabia que você iria gostar.
    - Pelo visto me conhece muito bem.
    - Você falou que adorava rosas vermelhas ontem.
    - Falei?
Não era que Sophie estava com amnésia. É que ela gostava desse tipo de brincadeira.
[...]
"Ah meu Deus! E ainda por cima tem um cartão!"

Querida Sophie,
não seja tão cruel ao ponto de ignorar este cartão, nem esse amigo que tanto gosta de ti.

♥ Johnny Bennett Parker.

"Johnny, Johnny... Só você mesmo para fazer uma coisa dessas! Parece até que não tem o que fazer amanhã..."
Eram três da manhã. Sophie tinha que estar no escritório às sete. Jogou o buquê na mesa da cozinha e correu para a cama.